‘Este é o filme que Andy viu na sua infância e que fê-lo ganhar de presente o seu famoso boneco Buzz Lightyear’. Essa não é a sensação que fica no fim da experiência com esse filme de 2022. Mesmo tendo seus méritos, como uma animação linda (clássica da Pixar), a história que nos é contada em Lightyear parece ser um recorte muito pequeno do que poderia ser explorado sobre o “patrulheiro espacial” que dá nome ao filme. Fico feliz que a Disney Pixar não usou a marca “Toy Story” nesse longa pois isso poderia até manchar a grandiosa história dos 4 filmes da franquia que conseguiram se estabelecer como clássicos atemporais do cinema.
O filme nos apresenta o ‘astronauta’ Buzz em uma missão, aparentemente rotineira, em um planeta inexplorado. Nisso, algo inesperado ocorre e ele e sua tripulação ficam presos no planeta. Como o ‘desastre’ foi causado por ele, Buzz fica paranoico na tentativa de resolver o problema. A primeira vista seria algo resolvido facilmente, mas acaba se tornando o núcleo central do filme. Logo no início da história, a trama quase me emocionou com uma despedida um tanto quanto precoce por causa de um artifício do roteiro para tornar a história mais facilmente moldável. Logo Buzz está sozinho com um grupo despreparado e precisa lutar contra um inimigo desconhecido – que é bastante conhecido pelos fãs das histórias originais. Porém, aqui, o temido Zurg se torna a própria personificação do ego de Buzz. Essa versão não conseguiu superar as consequências dos seus erros e vive a procura de reestabelecer sua realidade almejada. A história que se desenvolve é em torno da equipe formada por Buzz em um clássico despertar das habilidades de cada um dos integrantes onde cada um precisa se mostrar capaz de auxiliar no decorrer das provações. Algo bastante recorrente em produções que já vimos por aí. Aqui é encaixado com uma forte pegada bem humorada e tentando se fixar no próprio passado apresentado no filme. Em certos momentos o humor fica um tanto quanto desagradável para boa parte do público. Em outros, o toque de humor funciona bem. Assim, com alguns altos e baixos, a trama se encaminha para uma finalização descomplicada e simples, deixando a sensação de que foi uma oportunidade desperdiçada. Só pra finalizar: a Pixar sabe mesmo criar mascotes. O gatinho Sox é bastante fofo e divertido na maior parte do tempo e se tornou um ótimo companheiro para o egocêntrico Buzz.
Assim, a chance de expandir o universo Toy Story sem mexer com a trama original se mostrou bastante mediana e esquecível. De qualquer forma, pelo menos, não é um tempo jogado fora. Ainda é uma diversão bobinha, mas que em nada se aproxima da mensagem e do apelo dos filmes que servem de base para essa obra.
Nota do autor:
Gabriel Santana

| Título Original | Lightyear |
| Lançamento | 2022 |
| País de Origem | EUA |
| Distribuidora | Pixar |
| Duração | 1h45m |
| Direção | Angus MacLane |
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