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Drive My Car [Crítica]

Filme japonês com 3 horas de duração indicado a Melhor Filme no Oscar 2021 e vencedor da categoria Melhor Filme Internacional. Este é o interessante Drive My Car. Seguindo minha tradição de ver todos os filmes indicados ao Oscar de Melhor Filme eu deixei esse pro final e minha experiência foi bastante positiva. É um filme com um estilo próprio oriental e que tem uma bonita mensagem.

Ao contrário do que eu ouvi algumas pessoas falando, esse não foi um filme cansativo, pra mim, mesmo com sua longa duração. O longa conseguiu me manter entretido por mais que seu estilo não me seja tão familiar. Seu primeiro ato, o de apresentação, dura muito mais do que eu imaginei quando estava vendo. De repente entram os créditos iniciais quando eu imaginava que já estava no meio do filme. A direção sobrea e calma nos conduz por sequencias do carro vermelho do protagonista andando pelas sinuosas estradas japonesas sem nenhuma pressa. Alternando momentos contemplativos com falas de uma peça teatral do personagem principal, o filme consegue nos passar uma mensagem muito importante e tocante. A mensagem de como lidar com a perda ou como viver depois da perda de alguém que gostamos está presente desde o começo da narrativa. O relacionamento afetivo e a tristeza da perda vai sendo a base para as discussões abordadas no filme. Logo no início eu acertei uma suposição de uma cena que na minha cabeça parecia improvável, mas foi exatamente o que aconteceu e disso saiu bastante do conflito subsequente. Algumas cenas singelas e simples foram capazes de me manter preso à narrativa de forma firme e em nenhum momento a falta de uma trilha sonora, quase que em toda a duração, me deixou menos interessado na tela. O som ambiente foi bastante utilizado aqui e de forma coerente. O barulho do motor do carro é que guia a gente pelo desenrolar da trama. Seguimos o protagonista que está preparando uma peça teatral e durante esse período ele precisa lidar com problemas do passado e do presente enquanto tenta conviver com memórias complicadas. A motorista que guia o protagonista pelas ruas de Hiroshima (cidade onde se passa a maior parte do filme) também tem uma história interessante e que acrescenta a trama momentos de reflexão importantes. E é exatamente assim que a mensagem mais importante nos é passada: qual o sentido da vida quando perdemos alguém que era o que dava sentido pra nós? Essa foi uma das coisas que, na minha interpretação, ficaram mais marcadas na minha memória depois de ver essa obra.

Um filme realmente marcante e competente na sua história que mereceu ser premiado pela sua realização condizente com a mensagem a ser transmitida. Uma obra que me agradou bastante e me fez gostar ainda mais do estilo de cinema japonês.

Nota do autor:

Avaliação: 3.5 de 5.

Gabriel Santana

Título OriginalDoraibu mai kâ
Lançamento2021
País de OrigemJapão
DistribuidoraMUBI
Duração2h59m
DireçãoRyûsuke Hamaguchi

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