Os Guarda-Chuvas do amor é um filme dirigido pelo francês Jacques Demy, uma figura inserida no contexto da Nouvelle Vague, mas que por seu estilo único e pessoal se diferencia dos demais. Com muita cor, musicalidade e fantasia em contraposição com a realidade, Jacques transiciona entre o mundo do ideal e do real, não deixando o espectador somente com a melancolia do bruto e da tristeza, te dando doses de esperança e felicidade, como se contos de fadas fossem reais.
O filme em questão faz parte de uma trilogia de Demy, formada pelas obras: Lola (1961), Os Guarda-Chuvas do Amor (1964) e Duas Garotas Românticas (1967). Três filmes musicais com enfoque em histórias de amor francesas, repletos de muito exagero, trilhas sonoras marcantes, e parcelas inundadas de romantismo, sendo o melodrama em sua forma mais pura, com uma delicadeza e graça únicas.
Geneviève é uma menina de 17 anos que se apaixona por Guy de 20 anos na cidade de Cherbourg. Os dois vivem uma paixão à flor da pele mas que não é fácil de se manter, com a desaprovação por parte da mãe de Geneviève e o recrutamento de Guy para o serviço militar. Será que o amor deles será o suficiente? Ou as duras turbulências do mundo irão interferir no casal? Enquanto os dois estão juntos a cidade brilha, e separados o mundo deixa de ser resplandecente. Com uma direção de arte belíssima, músicas envolventes e personagens bem construídos, a obra ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes e levou a atriz Catherine Deneuve ao estrelato.
Uma obra de se admirar, tanto para quem gosta de musicais, tanto para quem apenas quer ter um vislumbre de romance e realismo em uma mesma sessão. E não exclusiva para quem é cineasta, todos deveriam dar uma chance para essa realização.
Os Guarda-Chuvas do amor será exibido gratuitamente na Mostra Melodramas Romanescos da Cinemateca UFS no dia 16 de maio (sexta-feira), ás 17h no Centro de Vivência da UFS.

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