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Goosebumps – Monstros e Arrepios [Crítica]

Essa é a segunda ou terceira vez que eu assisto esse filme. Falando assim até parece que eu sou algum fã da obra, mas, na verdade, eu só estava mesmo afim de assistir um filme bobinho que eu sabia que já tinha visto antes para finalmente colocá-lo na minha lista de filmes assistidos e, ao mesmo tempo, rever algo que na minha cabeça era um pouco mais cativante. Nessa minha nova experiência, acabei percebendo que a nostalgia era grande parte do meu apego pelo filme – mesmo esse já não sendo tão grande assim – e que meu gosto era resultado apenas de experiências um pouco mais satisfatórias pela companhia e não exatamente pela obra.

Na trama temos uma mitologia própria e até que bem interessante onde os monstros dos livros de terror de um certo escritor ganham vida a partir das páginas dos seus livros. Por isso, ele e sua filha precisam viver uma vida nômade para tentar guardar esse segredo e não deixar que os seus monstros causem problemas para a sociedade. O problema é que um garoto que acabou de chegar à cidade para morar na casa vizinha se apaixona pela sua filha e causa, sem querer, um pequeno apocalipse monstruoso quando liberta o fantoche que é o alter ego malvado do escritor.

Mesmo sendo uma obra sabidamente infantojuvenil, nas minhas memórias eu achava que o filme era um pouco mais assustador. Ao menos, com jumpscares e monstros esquisitos. Mas, na verdade, isso realmente fica só a cabo da imaginação dos pequenos, porque o mínimo que temos para nos proporcionar uma boa experiência aqui, se você não está nessa faixa etária, é a parte cômica. E até ela muitas vezes é bem segmentada. Acho que grande parte dessa minha decepção recente com o filme veio da minha nostalgia, como já citei, que me fez esperar muito mais do que até mesmo a obra se propõe a ser.

Esse filme parece ser, em seu cerne, um filme de aventura familiar cômico que se fantasiou de filme de terror para o halloween. Nada além disso. É o mesmo que encontrar uma criança vestida de demônio na sua porta te pedindo doces. Isso tudo, ressalto, na sua proposta inicial. E nisso eu não vejo problema algum. Estou apenas desenvolvendo meu pensamento a respeito de um ponto da obra que havia me confundido anteriormente. Mas, no que ele se propõe a ser, acredito que até desempenhe muito bem o seu papel, mesmo não sendo muito engajante para o restante do público fora de seu radar.

Em relação a sua narrativa, temos um enredo bem clássico e clichê, mas com uma reviravolta até bem interessante no desenvolvimento. Dessa parte eu realmente nem me lembrava e foi uma surpresa para mim até mesmo nessa última experiência. De qualquer forma, não chega a ser algo tão significativo para o desenrolar da trama, mas bem que poderia ser se fosse um outro tipo de filme. O problema é que o roteiro escolhe simplificar as coisas e o pouco de carga dramática que surge é desperdiçado, a meu ver. De resto, tudo bem clichê e previsível. Não sei se isso para mim parte do fato de eu já ter visto a obra e ela ter se desgastado com o tempo ou de realmente ser bem “basiquinha” mesmo. Tirando as situações e momentos cômicos isolados, não há grandes surpresas no que diz respeito à estrutura narrativa.

Os personagens também parecem meio razoáveis como um todo e, tirando o carisma próprio de Jack Black que já vem de fábrica, nada se sobressai. Interpretando um escritor ranzinza e esquisito, o personagem de Jack Black vai se desenvolvendo aos poucos até se tornar algo mais próximo aos arquétipos que estamos acostumados a vê-lo interpretar. Sendo assim, para mim, esse é um único e pequeno desenvolvimento de personagem que vemos na trama.

Para falar a verdade, eu nem sei mais o que discorrer sobre a obra. Isso possa ser resultado de eu já ter me desapegado das experiências anteriores e agora dessa vez, tudo que poderia me surpreender já não causou mais impacto. De qualquer modo, o filme já não seria lá tão impactante. Enfim, acho que deu pra entender o que esse filme é e o porquê do meu desânimo a seu respeito. Se você quer um filme bem Sessão da Tarde, está aí um exemplar clássico.

Nota do autor:

Avaliação: 2 de 5.

Gabriel Santana

Título OriginalGoosebumps
Lançamento2015
País de OrigemEUA/Austrália
DistribuidoraColumbia Pictures
Duração1h43m
DireçãoRob Letterman

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