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O Iluminado [Crítica]

Grande clássico do terror, baseado na obra de Stephen King e dirigido pelo fabuloso cineasta Stanley Kubrick, “O Iluminado” é uma obra clássica do cinema mundial que eu finalmente dei uma chance para assistir. Mesmo não sendo um filme que foi capaz de me assustar de fato ou mesmo me cativar de outras maneiras, consigo entender sua importância para o cinema posterior e também entender suas influências no gênero de terror. Assim, acho que valeu a experiência, pelo menos, por conhecer mais um clássico do cinema.

Na história acompanhamos uma família que se muda para um hotel isolado para cuidar do local em pleno inverno. Mesmo alertados a respeito de acontecimentos macabros que ocorreram por lá há anos atrás, a família permanece fiel ao compromisso de cuidar do grande hotel Overlook. O isolamento e a solidão, aliados a uma presença misteriosa acaba mexendo com a mente do pai, da mãe e do filho, e o lugar que parecia vazio acaba se mostrando lotados de assombrações.

De longe, a coisa que mais me chamou a atenção e foi capaz de mexer comigo foi a trilha sonora. Com seus zumbidos inquietantes e presença constante, a música conseguiu criar um clima desagradável que favoreceu a tensão e a atmosfera de perigo iminente. Acredito que isso tenha sido a coisa que mais foi capaz de me impactar.

Mesmo que o terror não tenha sido capaz de me amedrontar de fato, acho que eu consigo entender o porquê. Muitos dos elementos de terror do filme me pareceram clichê, mas pudera. Esse foi justamente um dos precursores desses conceitos que se pulverizaram posteriormente em diversas outras obras e produções do gênero. Por essa importância, é possível observar com outros olhos essa obra. Em cada momento que eu previa o que iria acontecer pela sua construção aparentemente óbvia eu me lembrava que naquela época isso estava longe de ser óbvio.

Em relação ao terror desse filme em específico, acho que as atuações exageradas e caricatas me afastaram um pouco do clima de tensão da obra. Tenho que admitir que em muitos momentos minha imersão no suspense foi interrompida por boas risadas. Se esse fosse um filme mais recente, acho que uma mistura de comédia com terror caberia muito bem. Não sei se esse foi um sentimento que só eu tive, mas tenho que admitir que pouco dali realmente me amedrontou. Além disso, pela tamanha importância desse filme para a história do cinema, muitas cenas eu já havia visto de forma isolada em algum outro lugar. Mesmo que isso cause até um sentimento de familiaridade acho que ajuda ainda mais a criar aquela sensação de cena clichê. Os famosos: “Vem brincar com a gente”; “Tem alguém aí” enquanto anda lentamente em direção ao perigo; e as diversas alucinações que surgem sem explicação são apenas algumas das coisinhas que já se espalharam a exaustão nos filmes de terror mais recentes.

Mesmo que de uma forma geral o filme me pareça bem “comum”, achei a sua finalização um tanto quanto incomum. A forma como o terror se desenvolve é inteligente, apesar de tudo. As coisas do mundo físico são críveis e verídicas. A forma como essa dinâmica ocorreu, por mais que seja um pouco decepcionante, de certa forma, ainda assim me garantiu um apego pelo filme e por sua mitologia base. Não foi nem de longe um filme que me assustou – talvez só em algum momento que o acorde da música subiu bruscamente – mas a história, mesmo lenta e previsível, pelos motivos que eu já expliquei, não me deixou dormir ou desanimar com o filme, mesmo que minha experiência tenha sido mais analítica do que emotiva.

Não posso negar que esse é um filme bem interessante. Pro nível de produção do gênero da época, essa é uma obra até extraordinária e bem afrente do seu tempo. Pena que minha experiência não tenha sido lá essas coisas. Eu até pouco tempo não era grande fã do gênero terror, mas ultimamente comecei a enxergar a beleza, principalmente em filmes de terror com algum diferencial da fórmula clássica. Como esse aqui é uma das bases da fórmula clássica, acho que essa também tenha sido uma das razões para minha pequena aversão.

Nota do autor:

Avaliação: 3 de 5.

Gabriel Santana

Título OriginalThe Shining
Lançamento1980
País de OrigemReino Unido/EUA
DistribuidoraWarner Bros. Pictures
Duração2h26m
DireçãoStanley Kubrick

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