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Os Sonhadores [Crítica]

Mais um da lista dos filmes surpresa que eu assisto sem saber de nada a respeito. Essa foi uma surpresa, digamos, interessante… De qualquer maneira, essa obra teve muito a apresentar de simbolismos, referências e detalhes sutis que acrescentam bastante a narrativa central. E que narrativa central…

Vejamos o que eu entendi da trama: um jovem americano morando em Paris em algum momento dos anos 60, se não me engano, conhece um casal de irmãos e logo surgem interesses em comum entre eles. Todos compartilham uma grande paixão pela sétima arte e também por outras coisas mais. Esse é o tipo de filme que não se pode expor demais e também uma surpresa que pode ser legal, mas também, ao mesmo tempo, um pouco alucinada demais para um público convencional.

O que eu posso dizer é que um dos pontos que mais me impressionaram foi a direção, com um detalhismo e utilização de elementos de cena e enquadramentos inteligentes para gerar um efeito impactante no espectador. A direção de arte e a fotografia contribuem muito para isso também. Outro elemento que me conquistou no filme foram suas referência a filmes clássicos do cinema e como a união dos protagonistas se dá por esse amor em comum. Amor, inclusive, é um tema bastante explorado de maneiras diversas durante a narrativa. Pra falar a verdade, eu me senti um tanto quanto incomodado por, no final da experiência, ficar uma incógnita na minha mente em relação ao meu entendimento pleno da narrativa. Acredito que ela seja tão curiosa quanto surreal e, por isso, acabe deixando um sentimento de desconforto. Pelo menos foi o que me aconteceu.

A imaginação dos envolvidos na criação dessa obra nos presenteiam com um filme que é uma mistura alucinante de metalinguagem que brinca com as formas da arte, o instinto juvenil, a emoção da adolescência e as grandes descobertas dessa fase, em uma trama carregada de metáforas e com uma dose de carga política nas entrelinhas que transbordam na tela em uma experiência interessante.

No geral, nem tudo o que o filme me apresentou teve uma recepção positiva, mas é possível entender a poesia por trás de tudo. Mesmo assim, não esconde o fato de que, pra mim, a experiência foi um tanto mais incômoda em certas partes do que surpreendente em outras tantas. De maneira geral, o filme foge do mediano e ganha esse acréscimo pela sua originalidade e pela sua grande utilização de técnicas para expor uma narrativa estranhamente cativante. Pois sim, em nenhum momento me desinteressei pelo filme, mesmo querendo que algumas cenas durassem um pouco menos ou um pouco mais. Não cabe a mim esperar algo que eu imagino para um filme que não é de minha autoria.

Enfim, essa foi uma obra excêntrica e uma surpresa boa em reação as abordagens poéticas da narrativa. Mesmo não tendo me cativado em todos os seus desvarios, não posso negar que muita coisa daqui também me agradou e fez dessa sessão, um tanto quanto peculiar, uma experiência interessante. Por fim, não deixo de indicar esse filme pra você que quer passar longe de um longa-metragem convencional e se jogar numa trama totalmente atípica.

Nota do autor:

Avaliação: 3 de 5.

Gabriel Santana

Título OriginalThe Dreamers
Lançamento2003
País de OrigemReino Unido/Itália/França/EUA
Distribuidora20th Century Fox
Duração1h55m
DireçãoBernardo Bertolucci

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