Esse é um filme de 2014 apadrinhado por Guillermo del Toro que conta a história de uma festa tradicional mexicana que também foi abordada em um filme mais recente (nem tanto assim) da Pixar, chamado “Viva – A Vida é uma Festa”. Apesar de certas semelhanças, pra mim esse filme aqui ainda consegue surpreender mais e ter suas peculiaridades que o tornam bem memorável para mim. Vendo pela terceira vez, se não estou enganado, obviamente que houve um decréscimo do que minha memória havia guardado sobre o filme, porém, está longe de ser uma experiência ruim, mesmo já tendo visto outras vezes.
A trama central acompanha um trio de melhores amigos na infância, dois garotos e uma menina, que se reencontram já adultos no meio de um dilema que envolve suas famílias, seu passado e sua pequena cidade no centro do México. Enquanto os dois jovens lutam pela mão da garota, há uma aposta de qual dos dois vai conseguir se casar com ela que vai definir algo muito mais importante do que eles podem imaginar. O feriado do Dia dos Mortos é um festejo típico da cultura mexicana que, como eu já citei, foi abordado em “Viva…” e pode ser que esse tenha conseguido mais prestígio, por ser da Pixar e também por ser realmente um filme legal, mas pra mim, Festa no Céu consegue ser mais marcante, seja pelo seu estilo de animação diferenciado, seja pela sua história curiosa e divertida. Vendo agora um pouco mais velho, acho que algumas piadas e sequências não tem mais a surpresa e a graça das outras vezes, porém, não foi cansativo em momento nenhum. Pelo contrário. Dessa vez achei o filme até mais dinâmico do que eu me lembrava. A história é contada sem muito arrodeio e apresenta seus personagens muito bem, partindo direto para a “ação”. Guillermo del Toro, famoso por seus monstros em outros longas, é produtor de um filme que tem uma estética um pouco estranha no começo, mas não leva muito tempo para se acostumar com os personagens da pequena cidade de San Angel. Isso acaba até sendo uma característica bastante marcante. Mesmo que não apresente uma grande mensagem ou uma profundidade tão clara, é possível observar algumas boas ideias a respeito da vida e principalmente da morte. Bacana mergulhar em uma cultura diferente da nossa e descobrir, mesmo que não de maneira exata, como outras pessoas enxergam o final de nossas vidas. Sem dúvidas é algo bastante curioso para todo mundo. É interessante perceber que minha nostalgia tinha deixado a história bem fresca na minha mente e eu fui reassistindo como se estivesse passeando pelas minhas memórias. Mesmo não sendo nenhum clássico nem nada do gênero, o filme é bem redondinho e consegue ser uma boa homenagem a cultura e ao festejo original sem se abster de uma história que consegue carregar a trama de maneira eficiente e divertida. Com toda certeza ainda é um filme bem divertido para os mais jovens e não deixa de ser legal também para os adultos que os acompanharem.
Fico feliz de não ser apenas o “eu” mais novo que gostou desse filme. Mesmo agora ainda consigo ver a beleza que me fez se encantar e me surpreender das primeiras vezes que eu assisti esse filme. Lembro que da primeira vez eu não esperava nada do filme e até por isso ele foi ainda mais marcante. Com certeza não estava na minha lista de filmes para assistir de novo, mas às vezes o que a gente precisa é só assistir algo que sabemos que vamos curtir, porque estamos com medo de que as novidades nos decepcionem.
Nota do autor:
Gabriel Santana

| Título Original | The Book of Life |
| Lançamento | 2014 |
| País de Origem | México/EUA |
| Distribuidora | Twentieth Century Fox |
| Duração | 1h35m |
| Direção | Jorge R. Gutiérrez |
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