Desde que fiquei sabendo do lançamento desse filme sempre tive vontade de assistir, mas nunca encontrei um lugar na minha lista e sempre fui deixando pra depois. Agora resolvi dar uma chance a esse reboot/prequela da famosa franquia dos carros robôs e não me arrependo nem um pouco. Eu não assisti todos os filmes principais dessa franquia e mesmo os que assisti já não me lembro de quase nada. Assim, essa aqui foi realmente uma reapresentação a esse universo, pra mim. Mesmo sem ter fresco na memória os outros filmes, tenho o conhecimento que a recepção não foi boa pra eles. Porém, no caso desse aqui, tudo pareceu mais sobreo, equilibrado e tocante, sem deixar de ser divertido.
A trama conta a história de um robô integrante da resistência Autobots, cujo líder Optimus Prime envio-o para a Terra pra preparar o terreno e proteger o planeta até a chegada dos outros integrantes da resistência que estão numa guerra contra os Decepticons. E obviamente, como estamos num filme de Transformers, todos esses robôs podem se transformar em carros e nos mais diversos meios de transporte imagináveis.
Paralelamente, conhecemos Charlie, uma menina fascinada por carros e que vive uma vida complicada depois que perdeu seu pai muito jovem. Mesmo não tendo nada muito espetacular na premissa, o filme conseguiu me cativar desde o início, com um ato de apresentação extremamente correto em comunicar o lugar, as pretensões e anseios de cada um dos personagens. Quando a protagonista encontra um fusca amarelo nos fundos da oficina do seu tio, ela vê aí a oportunidade de ter seu próprio carro, o que é seu maior sonho. Quando o carro robô e a menina se conhecem há uma conexão óbvia e que gerou um efeito de amizade orgânica. Por mais que fosse algo surreal, o roteiro trata muito bem os personagens dando a eles traços de fragilidade e medo em ambos, aproximando-os ainda mais. Eu realmente achei essa relação muito fofa. Além disso, também imergi com facilidade na trama e nas problemáticas da adolescente me fazendo ter um pouco mais de empatia por todos. Essa empatia também favorece a captação das singelas mensagens de amizade e amadurecimento, além de nos proporcionar uma bela revisita aos anos 80. As pessoas responsáveis pelos efeitos visuais aqui estão de parabéns, pois transportaram de maneira crível pra realidade um robô que apresenta aspecto humanoide e se transforma num carro. A direção também auxilia reforçando nosso sentimento de empatia com os personagens que parecem muito autênticos e apresentam problemas autônomos da trama principal, dando algumas camadas que favorecem ainda mais a imersão. As sequencias de ação aqui são muito bem conduzidas e com menos explosões e cortes frenéticos dos últimos filmes. Tudo favorece o entendimento e a ação consegue ser emocionante sem se perder demais nos robôs gigantes se batendo. A meu ver, a trama não perde o foco ou enrola demais em nada e, por mais que não apresente nada tão tocante ou especial aqui, consegue ser funcional e divertida.
Esse filme realmente conseguiu me cativar e, por mais que não ofereça nada de tão incrível ou memorável, tem uma trama fechadinha e funcional com personagens legais e uma ação divertida. Deixo claro que esse foi o sentimento que eu tive e cada um pode se aventurar e apreciar (ou não) uma obra de formas diferentes. De qualquer forma, acho que esse filme é acima da média da sua franquia e um acerto no contexto geral. Só é uma pena que ele ocorre antes dos outros na linha do tempo desse universo e as sequências temporais dele já estão aí e não foram tão boas quanto esse aqui.
Nota do autor:
Gabriel Santana

| Título Original | Bumblebee |
| Lançamento | 2018 |
| País de Origem | China/EUA |
| Distribuidora | Paramount Pictures |
| Duração | 1h54m |
| Direção | Travis Knight |
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