Com toda certeza esse filme faz jus a maior bilheteria do ano. Além de ser um clássico blockbuster hollywoodiano tem uma linda nostalgia do seu antecessor. E olha que eu não gostei do primeiro filme. De qualquer maneira, essa é uma obra em todos os sentidos superior e por eu ter visto recentemente o primeiro filme, as referências ficaram saborosas. Um ótimo filme de ação com toques de nostalgia e tempero de juventude.
Não consegui entender nem expressar exatamente porque não gostei do primeiro filme Top Gun, mas consigo expor o que me fez gostar desse segundo. Além de ter a pegada nostálgica, que pra mim funcionou como simples referencias já que eu vi o filme original há poucos dias, esse filme foi uma belíssima atualização. Um dos pontos que me fez gostar bastante desse filme foi sua narrativa mais dinâmica e, talvez, com um objetivo nem tão desconhecido, nem tão fácil. O roteiro em si não tem tanta coisa de espetacular, mas a forma como foram utilizados os elementos nesse longa foram perfeitos. O caminho do protagonista de volta às origens, passando por problemas dos velhos tempos aliados a companhia de velhos amigos, para se provar um líder e mestre já foi usada em diversas obras, porém aqui foi elevada ao seu máximo. Essa caminhada aparentemente óbvia foi carregada de sentimentos remetentes ao passado, mas que também se transformaram em combustível para os problemas e soluções do presente. A dinâmica de treinamento dos novos pilotos foi perfeita para expor os conflitos e as dificuldades que seriam apresentadas no clímax. E olha: que final decente e emocionante. Emocionante mais na parte da ação mesmo. Uma direção mais contida e sobrea, a meu ver, do que a do primeiro filme. Grande parte disso vem das limitações daquela época e como isso mudou nos dias de hoje, mas só de conseguir identificar quem é quem no ar já me deixou muito mais confortável. Os personagens estão fazendo o simples e funcional serviço de cada um deles. E o Tom Cruise é o Tom Cruise sendo protagonista de mais um filme de ação na sua carreira. A atualização das máquinas de combate também foi um recurso bem utilizado e um dos princípios dos conflitos aqui abordados. Mesmo não sendo o foco, aqui há um questionamento de qual é a capacidade humana máxima e se já não é mais viável utilizar robôs para substituí-los. O toque de jovialidade que foi dado a esse filme conseguiu me fazer apegar facilmente aos novos personagens, além de ter na memória os mais antigos. Essa união foi perfeita para me deixar imerso desde o começo e dessa maneira quase tudo que o filme tentou funcionou comigo, deixando a experiência ainda mais gostosa. A parte nostálgica foi utilizada ao estremo, acredito eu. Podemos dizer que esse filme emulou o anterior, só que dessa fez com uma realização sublime. Todos os pequenos detalhes até a direção de certas cenas e sequencias como a do início, foram uma clara homenagem e uma ótima releitura. Ainda mais que o filme ainda deixou uma dedicatória ao falecido diretor Tony Scott, o responsável pelo primeiro longa. Um filme totalmente a altura do posto de estar nos tops do ano.
Enfim, Top Gun Maverick conseguiu me capturar de uma forma que o primeiro não havia conseguido e dessa forma, unindo Tom Cruise, caças e uma equipe interessante, temos um filme realmente contagiante do início ao fim. Uma grande realização cinematográfica que nos apresentou uma ótima viagem pelos céus.
Nota do autor:
Gabriel Santana

| Título Original | Top Gun – Maverick |
| Lançamento | 2022 |
| País de Origem | EUA |
| Distribuidora | Paramount Pictures |
| Duração | 2h10m |
| Direção | Joseph Kosinski |
Onde Assistir?
(aluguel)





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