Top Gun – Ases Indomáveis [Crítica]

Com o lançamento de “Top Gun Maverick”, continuação desse filme de 1986, eu decidi conhecer o filme original antes de ver o mais novo. Foi uma experiência média, pra mim. Talvez seja pela data de lançamento do filme ou pela narrativa, mas não me agradou tanto quanto eu esperava. Até mesmo o tipo de filme não foi o que eu estava esperando.

É claro que não se deve ir assistir a um filme já esperando muita coisa, criando muita expectativa. É necessário deixar o filme se provar por si mesmo. Eu tento nunca criar expectativas antes de ver um filme. Nesse caso aqui, o que mais me desagradou foi a dinâmica da trama. A forma como a história foi contada de um jeito mais lento e sem muitos acontecimentos empolgantes me fez desapegar um pouco da história. Pra mim seria um filme cheio de ação com jatos e aviões de combate a todo instante, mas acabou tendo, a meu ver, mais drama e romance do que ação em si. Isso não torna o filme uma obra ruim, porém eu não consegui absorver a beleza dessa obra do jeito que a história me foi contada. Talvez tenha a ver com a época do filme. A forma de contar a história é de uma época muito diferente da que estou acostumado.

O filme conta a história do piloto cujo codinome militar é Maverick. Na trama, Maverick entra na escola de preparação de pilotos Top Gun, o lugar onde se encontram os melhores dos melhores. Ali ele precisa se provar e passar por diversos percalços. No meio de tudo isso ele encontra uma paixão e precisa conciliar tudo isso com sua carreira militar. A trama dá mais atenção ao personagem e menos a ação na maior parte do longa. A relação do protagonista com seu companheiro é legal e consegue mostrar que havia uma boa química entre os personagens. Todo o elenco se comporta bem aqui, a meu ver. O problema mesmo, pra mim, foi a forma como a história foi contada, dando muita atenção para alguns pontos secundários. Enfim, as cenas de ação são um tanto quanto alucinantes. Não no sentido de serem dinâmicas e divertidas, mas eu achei realmente que algumas cenas me deixaram perdido tentando entender pra onde estão indo os aviões e quem é quem no ar. Isso pode ter relação com as dificuldades técnicas da época e pode ser relevado.

Foi bom ter conhecido o personagem 36 anos antes do segundo filme e ter visto sua história clássica antes de me aventurar mais uma vez pelos ares com o novo filme do Tom Cruise. Espero que a sensação do filme mais recente seja mais legal do que esse. Há alguns pontos que me agradaram aqui e principalmente o final foi satisfatório, mas, como eu falei, estava esperando um pouco mais desse filme. Talvez o problema esteja nas minhas expectativas e não no filme em si. Vai saber.

Nota do autor: