Splice é uma obra de ficção-científica que se apoia nas atuações de Adrien Brody e Sarah Polley para contar uma história um pouco peculiar. Como o subtítulo em português (A Nova Espécie) deixa claro, o experimento para criação de uma nova espécie feito no filme causa o desenvolver da trama e vai ficando cada vez mais interessante.
A gradação foi um artifício utilizado no roteiro dessa obra, porém, de uma maneira um tanto quanto irregular. Essa característica não estraga, por si só, uma boa história e por isso é preciso dar certas concessões ao filme para se deixar levar pela trama e imergir no mundo desse longa. O desenvolvimento do filme se inicia de maneira bem ágil e apressada, apresentando os personagens principais e a temática a ser abordada durante o restante da história. O roteiro tem ideias muito boas e que geram uma grande inquietação e discussão social acerca do tema, se seria moralmente aceitável as atitudes dos personagens. A partir do ponto de virada da trama, a situação dramática do casal de protagonistas é mais bem abordada e desenvolvida, porém, de uma maneira que ainda deixou a desejar. Algumas decisões do roteiro são questionáveis, a meu ver. Não que elas não gerem o efeito esperado, – a surpresa – mas elas são jogadas na trama sem qualquer explicação e isso nos tira da linha de desenvolvimento gradual repentinamente nos fazendo duvidar da real dramaticidade do filme.
No fim, o final, meio estabanado, consegue, ao menos, ser marcante e impactante, levando os espectadores a pensar naquele cenário na realidade e quais consequências seriam vistas na sociedade atual. Enfim, o filme demonstra que teve boas ideias em todo decorrer da trama, porém, não conseguiu dar camadas de desenvolvimento e profundidade que a história merecia, tornando-se mais um filme surreal e esquecível mesmo com todos os esforços para ser marcante
Nota do autor:
Gabriel Santana

| Título Original | Splice |
| Lançamento | 2009 |
| País de Origem | Canadá/França/EUA |
| Distribuidora | California Filmes |
| Duração | 1h44m |
| Direção | Vincenzo Natali |
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